quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Depressão Atípica e Depressão Distímica

Depressão Atípica e Depressão Distímica
Olá amigo (a)

Fala-lhe Miguel Lucas, fundador da Escola Psicologia.

A depressão atípica é um subtipo comum de depressão maior. Ela apresenta um padrão de sintomas específicos, incluindo um elevado humor temporário em resposta a acontecimentos positivos. Você pode sentir-se temporariamente melhor depois de receber uma boa notícia, ou quando saí para uma festa com os amigos. No entanto, este impulso de humor é passageiro. Outros sintomas da depressão atípica incluem ganho de peso, aumento do apetite, sono excessivo, sensação de peso nos braços e pernas, e sensibilidade à rejeição. Tal como outras formas de depressão, você pode obter alívio e tratamento através de Terapia Cognitivo-comportamental.

Quais são os sintomas de depressão atípica?

A principal característica da depressão atípica que a distingue da depressão maior é a reatividade do humor. Por outras palavras, a pessoa com depressão atípica pode sentir o seu humor melhorar, se algo de positivo acontece na sua vida. Na depressão maior, mudanças positivas geralmente não são acompanhadas de melhorias no humor. Além disso, nos critérios de diagnóstico têm de estar presentes, pelo menos, dois dos seguintes sintomas a acompanhar a reatividade de humor:

Dormir demais ( hipersonia )
Aumento do apetite ou ganho de peso
Ter uma reação mais intensa ou aumento da sensibilidade à rejeição, resultando em problemas nas relações sociais e de trabalho
Ter um sentimento de letargia, entorpecimento, ou "dormente"
O que causa a depressão atípica?

Embora em termos biológicos se verifique um desequilíbrio químico em alguns neurotransmissores que facilitam a comunicação entre as células cerebrais, que incluem dopamina, serotonina e noradrenalina, a causa exata da depressão é desconhecida. Apontando-se para uma multiplicidade de fatores que podem estar presente. No entanto existem fatores de risco para a depressão, incluindo:
Uma história familiar de depressão
Uma perda significativa, de morte, divórcio ou separação, que resulta em dor
Conflitos interpessoais e emoções relacionados, como culpa
Qualquer tipo de abuso físico, sexual ou emocional
Qualquer tipo de evento importante na vida como mudar, ou perder o emprego, graduar-se, aposentar-se
Qualquer tipo de doença grave, como câncer, doenças cardíacas, acidente vascular cerebral, ou HIV
Abuso de drogas ou álcool
Isolamento ou a exclusão de familiares, amigos ou outros grupos sociais
Depressão Distímica

A distímia é um tipo de depressão crónica leve. São mais os dias em que se sente moderadamente deprimido, que os que não se sente, embora você possa ter breves períodos de humor normal. Os sintomas da distímia não são tão fortes como os sintomas de depressão maior, mas duram muito tempo (pelo menos dois ou mais anos). Estes sintomas crónicos tornam a vida muito difícil de viver viver. Algumas pessoas também têm episódios depressivos maior conjuntamente com a distímia, uma condição conhecida como “depressão dupla”. Se você sofre de distímia, pode sentir que quase sempre se sentiu deprimido. Ou você pode pensar que o seu humor diminuído faz parte de si mesmo (é do jeito que você é). A distímia pode ser tratada com êxito, mesmo que os sintomas tenham sido ignorados ou tenha estado sem tratamento durante anos.

Usualmente a pessoa funde-se aos sintomas, julgando ser uma pessoa cronicamente abatida ou amargurada. Na verdade a pessoa pode tender a ser isso mesmo. Mas quero dizer-lhe que se você se identifica com este tipo de depressão, a melhoria é possível. Importa que leve em consideração que é possível reestruturar a forma como pensa e como interpreta as suas condições de vida, e com isso encarar o seu dia a dia de forma mais funcional e com um impacto emocional menos drástico.

Deixo-lhe uma proposta de exercício para que possa sair do seu ciclo prolongado de negatividade:

Ciclos Positivos

Quando ensino aos meus clientes como mudar pensamentos negativos para pensamentos positivos, o processo de comunicação com a própria pessoa melhora, promovendo o seu autocontrole e confiança. Mas há um problema, o cérebro não responde tão prontamente aos nossos pensamentos e palavras positivas. Eles não são uma ameaça para a nossa sobrevivência, o cérebro não precisa responder tão rapidamente como faz para palavras e para pensamentos negativos. Para superar esse viés neural para a negatividade, devemos repetidamente e conscientemente gerar tantos pensamentos positivos quanto conseguirmos. De acordo com os princípios da Psicologia Positiva, é preciso gerar pelo menos três pensamentos e sentimentos positivos para cada expressão de negatividade. Se você expressar menos de três, torna-se extremamente difícil inverter o processo. Esta ideia é reforçada por uma pesquisa de Marcial Losada com equipes corporativas, e uma pesquisa de John Gottman com casais conjugais. Fredrickson, Losada, e Gottman perceberam que se você quiser que o seu negócio e os seus relacionamentos pessoais realmente prosperem, você precisa gerar pelo menos cinco mensagens positivas para cada diálogo ou pensamento negativo que tenha, por exemplo, “Estou desapontado” ou “Isso não é o que eu esperava” contam como expressões de negatividade, tal como fazer uma careta ou um aceno de cabeça.

Nem sequer importa se os seus pensamentos positivos são irracionais, ainda assim melhoram o seu sentimento de bem-estar, felicidade e satisfação com a vida. Na verdade, o pensamento positivo pode ajudar a construir uma atitude melhor e mais otimista em relação à vida.

Pensamentos e palavras positivas impulsionam os centros motivacionais do cérebro para a ação e ajudarão a construir a resiliência quando se deparar com os problemas da sua vida. Segundo Sonja Lyubomirsky, uma das principais investigadoras do mundo sobre a felicidade, se você quiser desenvolver uma maior satisfação ao longo da sua vida, deve regularmente envolver-se em pensamentos positivos sobre si mesmo, focar-se nas suas experiências mais felizes, relacionar-se bem com os outros, e saborear cada experiência positiva na sua vida.

Boa prática.

Abraço,

Miguel Lucas
FONTE: BLOG Escola Psicologia

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