sábado, 26 de janeiro de 2013

A Oliveira


A Oliveira



Num belo sítio existiam várias mudinhas de árvores que foram plantadas. Dentre elas tinham a mangueira, o coqueiro, a laranjeira, e lá bem no fundo do sítio uma oliveira.

Os meses foram se passando e as arvorezinha começaram a crescer.

A mangueira depois de uns dois anos, já estava viçosa e produzia o seu primeiro fruto.

O coqueiro, ainda estava pequeno, mas já começava dar sinais de uma possível produção de cocos.

A laranjeira já estava atraindo os olhares das crianças pelos seus belos frutos.

E lá bem no fundo do sítio, estava a oliveira. Solitária, meio tristonha. De longe observava as outras árvores alegres, e com um tamanho considerável. Observava os seus frutos que caiam no chão.

Passaram-se mais dois anos e a oliveira, ainda não produzia fruto algum. Porém, as outras árvores esbanjavam em seu vigor. As crianças subiam na mangueira, e lá chupavam seus deliciosos frutos. Outros já tinham que subir em alguma escada para arrancar coco, sem falar da laranjeira, e ainda das outras árvores do sítio. Mas a oliveira somente observava ansiosa, por também produzir frutos.

Desde que foram plantadas já haviam se passado dez anos.

As árvores já produziam frutos que eram vendidos nas feiras. Mas lá no fundo do sítio estava a oliveira. Solitária, com muito mato em volta. As outras árvores, com o balançar dos seus galhos, pelo vento, pareciam zombar da coitadinha que ainda não produzira nenhum fruto.

Passaram-se mais cinco anos... E a oliveira já desanimada, e sem esperança, quase desfalecia. Estava muito tristonha. Ela não percebia como estavam as suas folhas, os seus galhos. Presa em si mesma, não percebia o que acontecia...

De repente, nasce um fruto: uma pequena oliva, e a oliveira olha tantamente para o seu primeiro fruto, e percebe-se florida... Afinal o Criador havia se lembrado dela. Mas seus frutos não davam para as pessoas chuparem como uma manga, uma laranja. Ou beberem a água do coco. Ela ainda continuava triste.

Mas de repente vem o seu dono, e diz para ela: Agora chegou a sua vez de produzir frutos. Agora você também pode contribuir para o nosso sítio... além da sombra que produzia.

Passaram-se cem anos, e aquele antigo dono da oliveira não mais vivia. As outras árvores já haviam caído, de podres envelhecidas pelo tempo, haviam sido plantadas outras em seu lugar... e a oliveira já não estava sozinha, pois dos seus frutos, fizeram-se outras árvores.

Num belo dia um sacerdote chamado Samuel colheu alguns dos frutos daquela oliveira, e fez deles óleo para ungir o rei de Israel.

Deus o enviou até a casa de Jessé, e ali este fez passar seus filhos uma a um, até chegar o mais jovem que estava trabalhando como pastor de ovelhas. Deus lhe disse é este unge-o com óleo. E a Bíblia diz que daquele dia em diante o Espírito do Senhor se apossou de Davi.

Aquela árvore permaneceu ainda de pé por mais uns cem anos, e foram usados os seus para temperar comidas, para acender lâmpadas que já se apagavam, e para ungir sacerdotes e reis em Israel para a glória do Senhor.

Não importa o tempo que leve a nossa formação temos que confiar que o Senhor é o dono de todo o processo. E ainda que pareça demorado, ele não vai tardar e tem preparado algo de especial para nós.

Esta história ilustra que todos nós temos frutos, produzimos estes para algum propósito que o nosso Deus determinou, é só esperar e deixar Deus trabalhar.
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Há algo interessante sobre as Olieiras. Elas são árvores que demoram aproximadamente quinze longos anos para começar a produzir frutos. Porém estes frutos, que servem para serem utilizados como óleo, seja para se colocar em uma candeia para iluminar a casa, seja para se utlizar no tempero das comidas, ou ainda para a unção do sacerdote no Antigo Testamento. Esta é um árvore que demora para a maturidade e produção de frutos, porém, depois de adulta pode produzir frutos por mais de duzentos anos.

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